
A psicóloga Ana Paula Panizza cita alguns sintomas de medo excessivo:
● Coração palpitante
● Calafrios
● Suor nos pés e nas mãos
● Sono intranquilo
● Descontrole para fazer xixi
● Diarreia e dor de barriga, entre outros.
O pediatra carioca, Júlio Dickestein, explica que o “medo costuma surgir diante de elementos reais na vida de uma criança: o médico, a creche ou a escola, a alimentação, a violência e a dor recorrente. Essas causas reais geram um medo verdadeiro, mas também podem derivar para estados secundários: medo de escuro, de monstros e por aí vai. ”
Conversa de gente grande: confira 10 dicas para lidar com o medo infantil
A psicóloga Ana Paula Panizza deu 10 dicas para lidar com assuntos sérios, como a pandemia do coronavírus e o que fazer para driblar o medo infantil. Confira!
1 – Dê atenção, questione e estimule a criança a enfrentar o medo irreal (ou inimigo). Ela encontrará sozinha uma solução para suas fantasias. Um exemplo é uma postagem super fofa que está rolando na internet sobre uma conversa entre mãe e filho, de três anos:
“- Mamãe, aqui tem água e sabão? Será que com a bolinha de sabão a gente protege o mundo inteiro?”
2 – Não gaste tempo demais falando sobre o assunto para evitar que a criança fique ainda mais ansiosa. Mude de tópico, distraia.
3 – Fale a verdade sobre os medos reais (ou amigos) para que a criança construa noções de perigo. Exemplo: ela tem de saber que escadas, piscinas e animais presos representam riscos. Mas faça isso sem aterrorizar, ensinando como agir diante desses perigos.
4 – Brinque com sua criança e entre na fantasia dela. Experiências lúdicas ajudam os pequenos (e os grandes) a lidarem com seus anseios.
5 – Bonecos e brinquedos treinam a criança para a vida. Os pequenos costumam representar em brincadeiras o sentimento de medo frente a uma situação real, como a ida a um hospital.
6 – Avalie a intensidade do medo e fique atento para o limite da normalidade, que é a rotina saudável de vida.
7 – É importante não confundir o choro da criança que fica sem a mãe a semana inteira e não quer largar o colo no fim de semana, com o choro de medo de estranhos.
8 – Ofereça objetos para ela se sentir mais segura, principalmente na hora de dormir sozinha. São os chamados objetos transicionais, que reduzem a ansiedade da criança durante a passagem da vida desperta para o sono. Pode ser o famoso ursinho, o naná, a boneca e até a mantinha. O importante é que ele tenha algo familiar à mão para enfrentar os temores.
9 – Jamais use o medo da criança como meio de poder! Somos adultos, vivendo momentos de tensão e, se para nós é difícil distinguir entre o que é real e o que não é, imagine como o terror é real na formação de uma criança.
10- Viva esse momento raro de interação intensa com seus filhos enquanto são pequenos! Somos seus heróis! Vamos ensiná-los a fazer o bem, às vezes, realizando gestos concretos a quem precisa de carinho e cuidado, às vezes, combatendo o “vírus do mal” dentro de nossas Batcavernas!
Em tempos de coronavírus, precisamos ter tranquilidade, fé, solidariedade e muita esperança que logo logo tudo vai passar e os momentos de convívio social, voltarão ao normal. #tudovaificarbem
Por Simone Rezende
Leia mais em nossas matérias especiais.